Golegã é freguesia sede do concelho homónimo, no distrito de Santarém. Com uma área de 38.3 quilómetros quadrados, faz fronteira com a freguesia de Azinhaga.
Freguesia de rara beleza histórica e patrimonial, nela destacam-se a Igreja Matriz, manuelina, o Museu Relvas, o Museu Martins Correia, assim como as lagoas e a reserva natural do Paul. O grande crescimento da Golegã aconteceu no reinado de D. Manuel I, sendo este monarca quem mandou edificar o magnífico monumento nacional que é a Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Conceição.
Terra de festas e feiras... o cavalo, a gastronomia, a religião ou os carros antigos são apenas algumas das temáticas que os Goleganenses homenageiam anualmente
No mês de Maio pode assistir, na Golegã, à Expoégua, um certame que consiste na exposição, concurso e venda de éguas. É durante este certame que pode assistir também à Romaria de S. Martinho.
Junho é o mês dos carros antigos, os quais são motivo de grande atracção e surpresa durante a realização da já tradicional: "Na Golegã fora de Época Carros sem Cavalo".
Setembro é a altura ideal para se dar largas aos gostos gastronómicos e báquicos na já famosa "Mostra de Gastronomia Ribatejana". Entre as apetitosas refeições pode-se assistir às largadas de toiros naquela que é a Capital do Cavalo em Portugal.
Em Novembro realiza-se a secular Feira de S. Martinho, a qual remonta praticamente aos meados do século XVIII. Nesse período, alguns dos melhores criadores de cavalos situavam-se nos campos da Golegã, e com o apoio dado abertamente pelo Marquês de Pombal dedicaram-se com maior afinco à sua missão, aproveitando a Feira de S. Martinho para apresentar os mais belos e nobres animais.
A proximidade da Escola Prática de Cavalaria e a Guerra de 1939-1945, com a consequente falta de combustíveis, pondo em moda o cavalo de tiro ligeiro, transformou a feira num centro de atracção Turístico. A tal ponto que em 1972 passou a ser designada oficialmente por Feira Nacional do Cavalo, numa alusão clara, por parte das entidades oficiais, à importância do certame na valorização desta espécie pecuária e na sua projecção em todo o país e até no estrangeiro.
Hoje em dia é um dos mais importantes eventos nacionais conhecido mundialmente. Face às novas exigências, a Comissão da Feira passou a apresentar um programa mais vasto, melhorado ano após ano, num esforço de permanente aperfeiçoamento. Foram assim aparecendo uma panóplia de iniciativas, cada vez mais variadas, com concursos de cavalos de sela, concursos completos de equitação, de ensino, de atrelagens, de obstáculos, raids, rallies, picarias à vara larga, jogos e exibições de alunos de escolas de equitação e torneios de horse-ball. A velha Feira de S. Martinho foi crescendo de tal forma que em 1999 passou a ser designada de Feira Internacional do Cavalo Lusitano, sendo assim reconhecido o facto de ter sabido acompanhar a multiplicidade dos interesses manifestados pelo cavalo em cada época, apresentando-o, hoje em dia, nas diversas modalidades praticadas internacionalmente, dando preferência, sempre e sobretudo, ao nosso cavalo Lusitano.